Ao apresentar sinais de retomada, a economia traz novos desafios devido ao grande período da pandemia da covid-19, preocupando os setores produtivos e a sociedade. As condições adversas, infelizmente, são mundiais.
Durante o período, o transporte rodoviário de cargas não parou. Mesmo assim, os efeitos da pandemia foram sentidos com a redução de movimento e do faturamento, com dificuldade no cumprimento de obrigações financeiras e tributárias e com as obrigações trabalhistas para evitar o fechamento de postos de trabalho. As condições desfavoráveis de mercado continuam se agravando, especialmente com os aumentos do preço do diesel e de outros insumos do setor.
Por isso, alertamos as empresas de que a elevação inesperada e desproporcional nos custos deve ser incorporada imediatamente nos preços dos fretes para que não provoque prejuízos irrecuperáveis, incluindo até a falência de empresas do setor. A fragilidade do transportador é agravada pela concorrência decorrente da grande pulverização da oferta de transporte, fato que por si não torna eticamente aceitável a conduta de aviltamento na sua contratação, prática desagregadora e destruidora de patrimônios e de empresas.
A logística, elo fundamental ao bom desenvolvimento de todas as cadeias produtivas, só será eficiente se houver um relacionamento justo e equilibrado entre os embarcadores e os operadores do sistema.
Atuação
Com o objetivo de mitigar as condições adversas e enfrentamento da crise econômica, a FETCESP e entidades regionais do estado de São Paulo, sempre em conjunto com as entidades nacionais, com a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e com a NTC&Logística, atuam para oferecer as soluções almejadas por todos os empresários do setor.
A união e o empenho das entidades continuam na busca de medidas legislativas, bem como em soluções que envolvem passivos das empresas como taxas e multas, não apenas da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mas também de outros órgãos estaduais e regionais.
As empresas do transporte rodoviário de cargas (TRC), que não pararam em nenhum momento na pandemia, seguem prestando os seus serviços, considerados essenciais, contribuindo para o desenvolvimento do país, para a geração de empregos e para a riqueza de toda a sociedade. Por isso, precisam de atenção especial das autoridades.
Carlos Panzan
Presidente da FETCESP, vice-presidente do Conselho Regional São Paulo do Sest Senat e diretor da NTC&Logística e da Confederação Nacional do Transporte (CNT)
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