
Atual presidente da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Nordeste (FETRACAN), Nilson Alfredo Gibson Duarte Rodrigues Sobrinho destacou o trabalho da entidade em conjunto com o governo estadual para manter o trabalho do transporte de cargas no estado durante a pandemia. “Atuamos de forma direta. Por meio dos decretos estaduais, conseguimos fazer com que o transportador tivesse liberdade para continuar trafegando mesmo durante o período de lockdown”.
Além disso, Nilson falou um pouco sobre as expectativas de trabalho da FETRACAN em 2021. “Estamos fazendo o planejamento estratégico para vermos se conseguimos manter uma pauta do governo do estado com um equilíbrio fiscal. Entendemos que precisamos da reforma tributária e possuímos alguns desafios”.
Confira a entrevista completa:
- Como a FETRACAN atuou junto aos associados em meio à pandemia?
Resposta: Atuamos de forma direta. Por meio dos decretos estaduais, conseguimos fazer com que o transportador tivesse liberdade para continuar trafegando mesmo durante o período de lockdown. O transporte foi considerado uma atividade essencial, então conseguimos atuar fortemente junto ao governo do estado e fazer com que as empresas continuassem funcionando de forma mais tranquila durante toda essa pandemia.
- Qual a avaliação das atividades do setor na sua região e o que tem sido feito para um controle maior da pandemia no estado?
Resposta: Tivemos uma retomada com aspectos bem distintos. Vimos o varejo, do mercado de produtos de consumo e alimentos, crescer muito, mas por outro lado temos aqui o Polo de Confecção do Agreste de Pernambuco, um dos maiores polos de confecção do Brasil, que está passando por uma retomada muito tímida. Não tivemos este ano a festa de São João, que aquece a economia do vestuário local. Automaticamente, vimos que esse pessoal também teve que se reinventar e partiu para fabricação de equipamentos de segurança para quem estava na linha de frente do combate à covid.
Nesse novo normal, o setor de vestuário, o terceiro setor e o de serviços ainda vêm passando por uma retomada muito lenta e isso impacta de forma geral o segmento de carga fracionada.
- De que forma a entidade espera atuar no futuro?
Resposta: Estamos fazendo o planejamento estratégico aqui para vermos se conseguimos manter uma pauta do governo do estado com um equilíbrio fiscal. Entendemos que precisamos da reforma tributária e possuímos alguns desafios com o CIOT, como o programa de modernização de frotas, e estamos trabalhando fortemente com o governo do estado para que essa isenção do ISMS no estado permaneça, porque isso tem impactos diretos no nosso custo tarifário.
- Que mensagem você gostaria de deixar para os leitores do Anuário NTC&Logística 2020/2021?
Resposta: Parafraseando o ex-governador pernambucano Eduardo Campos: não podemos jamais desistir do Brasil. Então vamos continuar confiando no nosso País e entender que dias melhores virão.
Esta pandemia faz com que a gente repense um 2021 mais planejado com mais carga e mais transporte e que nós precisamos, acima de tudo, estar confiante no Brasil. Dessa forma, tenho certeza de que dará certo.