West Cargo faz a diferença no transporte de vacinas no estado de São Paulo
Sócio fundador da West Cargo e vice-presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (SETCESP), Hélio José Rosolen, por meio de sua empresa, tem realizado um trabalho fundamental para a sociedade brasileiro ao transportar gratuitamente vacinas da covid-19.
Segundo o empresário, a ideia inicial era fazer 10 transportes com a vacina, porém as coisas mudaram. “Na primeira reunião aumentamos para 20 entregas, e não parou mais. Já foram realizados mais de 120 transportes gratuitos, totalizando 100 milhões de doses de vacinas com valor de mercadoria aproximado de R$ 6 bilhões”.
Confira a entrevista completa:
Hélio, para começarmos nossa entrevista, eu gostaria de saber um pouco mais sobre o momento da West Cargo. A empresa é especializada no transporte de medicamentos e está no mercado desde 1998. Qual o balanço desses últimos dois anos de pandemia para a West Cargo?
Resposta: Operamos em diversos segmentos sempre ligados ao comércio exterior: importação e exportação, sendo o transporte de medicamento um importante nicho de nossa empresa.
Com o início da pandemia de covid-19 veio uma grande preocupação, pois as companhias aéreas, segmento em que a West Cargo iniciou em 1998, foram fortemente atingidas com o cancelamento da maioria dos voos internacionais.
Ficamos por alguns meses extremamente apreensivos, pensamos até em dispensas, mas aos poucos o mercado foi se adequando e novas oportunidades aconteceram. Com a pandemia, sugiram transporte de máscaras, de respiradores e de testes. Como estávamos estruturados para o transporte de medicamentos, acabamos nos adaptando rapidamente para atender os insumos para o tratamento e prevenção da Covid.
Agora partindo para o foco da nossa entrevista, vamos falar sobre o transporte das vacinas contra a covid-19. Como essa demanda chegou até vocês e por que a West Cargo aceitou realizar o transporte de maneira gratuita?
Resposta: Naquele apavorante cenário da pandemia de covid-19, o governador de São Paulo solicitou ao SETCESP o transporte rodoviário gratuito das vacinas produzidas pelo Instituto Butantã.
Costumo sempre repetir que faz parte do DNA da West Cargo ajudar a comunidade, pois colaboramos há mais de 20 anos com um lar de crianças carentes, contribuímos mensalmente com um hospital especializado no tratamento de crianças com câncer, adotamos e cuidamos de uma grande área que era um terreno baldio e que foi transformada em praça para população de Guarulhos e neste período de pandemia fizemos diversas doações de cestas básicas para comunidades carentes, entre outras ações.
Em seu discurso no Prêmio Medalha de Mérito Paulista, o senhor comentou que inicialmente aceitou fazer 10 entregas. Em sequência, haviam fechado em 20 e atualmente já foram feitas mais de 100 entregas de vacinas pela West Cargo. Por que o senhor tomou a decisão de realizar as entregas e qual o sentimento de poder contribuir de maneira tão impactante e positiva para a sociedade em um momento extremamente único e complicado?
Resposta: Sim, a ideia inicial era fazer 10 transportes gratuitos, mas na primeira reunião aumentamos para 20 entregas e não parou mais. Já foram realizados mais de 120 transportes gratuitos, totalizando 100 milhões de doses de vacinas com valor de mercadoria aproximado de R$ 6 bilhões. Fizemos e estamos fazendo de peito aberto esses transportes gratuitos, porque é gratificante poder ajudar as pessoas neste momento histórico tão terrível.
Ver as pessoas fazendo um coração com as mãos quando os caminhões personalizados com a campanha da vacina passam nas ruas é muito emocionante. É a esperança! É a vida!
Outro fato muito gratificante é o sentimento interno de nossos funcionários. Eles se orgulham, tiram fotos, mandam para os familiares e amigos. É um sentimento que não se compra!
Sobre o transporte da vacina contra a covid-19 em si, quais são os maiores diferenciais com relação ao transporte de outras vacinas e remédios e quais foram as maiores dificuldades encontradas ao longo dessas mais de 100 entregas?
Resposta: O segmento de transporte rodoviário de medicamentos é muito complexo, burocrático e exigente. São necessárias diversas e caríssimas licenças anuais da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), caminhões modernos com baús especiais com grandes equipamentos de refrigeração, muitos controles e procedimentos a serem cumpridos.
As grandes preocupações são manter a temperatura controlada exigida e a segurança das vacinas até as entregas. Nossos caminhões sempre foram fortemente escoltados pela Polícia Federal, pela Polícia Rodoviária Federal e pela Polícia Militar do Estado de São Paulo.
Além do transporte de vacinas, a West Cargo realizou diversas ações sociais durante a pandemia. Quais ações você destaca e qual a importância de uma instituição privada contribuir com a sociedade?
Resposta: É uma oportunidade de a iniciativa privada contribuir com a sociedade, de retribuir parte do sucesso das empresas. Se cada um fizer um pouquinho, logo sairemos desta terrível pandemia.
São 23 anos de existência da West Cargo, mas podemos dizer que 2021 foi um marco histórico para o legado que a empresa quer instalar. Por quê?
Resposta: A campanha do transporte gratuito das vacinas está sendo um marco que ficará eternamente para a história da West Cargo.
Entramos nesta operação de transporte gratuito de vacinas de coração. Tem aquele ditado que fala que “quem faz o bem recebe o bem de volta”, então a West Cargo sairá muito diferente e muito mais forte.
Para finalizarmos nossa entrevista, gostaria de entender do senhor suas expectativas para o futuro. 2020 foi um ano conturbado e incerto; 2021 um ano de retomada, mesmo diante de dificuldades; mas agora, em 2022, o que o senhor espera?
Resposta: 2020 foi o ano do medo, da incerteza; 2021 está sendo um ano da retomada, do reaquecimento da economia; 2022 será o ano da esperança, um ano que promete muito. Agora é se adaptar às novas realidades do mundo e buscar soluções para os grandes problemas atuais do transporte rodoviário, que são o preço do óleo diesel, a falta de motoristas, os elevados custos dos novos caminhões, a eterna falta de infraestrutura no país e o aumento da carga tributária.
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