Formado em Administração de Empresas pelo Instituto Newton Paiva, em Minas Gerais, e com MBA na Faculdade de Administração (INSEAD) da França, Adriano Depentor construiu sua trajetória profissional na Jamef Encomendas Urgentes, onde atua há mais de 30 anos, sendo 10 deles como diretor presidente.
Com forte atuação nas entidades de classe, Adriano é membro do Conselho Fiscal da FETCESP (Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado de São Paulo) e da FuMTran (Fundação Memória do Transporte). Agora, o empresário assume a presidência do Conselho Superior e de Administração do SETCESP no próximo triênio 2022-2024.
Confira a entrevista completa:
Adriano, para iniciarmos nossa entrevista, gostaria que você nos falasse um pouco sobre sua história no transporte de cargas e mais especificamente na Jamef Encomendas Urgentes.
Eu tinha 25 anos quando entrei para coordenar a expansão da Jamef no país. Já possuía experiência em logística, pois trabalhava até então nessa área em uma empresa pública de Minas Gerais. Na Jamef eu fui convidado a seguir para Curitiba para que pudesse acompanhar de perto a abertura da primeira filial no Sul do país, onde fiquei por mais de dois anos. Depois dessa unidade, vieram muitas outras. Em 2007, com a profissionalização da gestão da Jamef, assumi a presidência com o desafio de continuar na rota de crescimento, e tivemos ótimos resultados nesta empreitada. Em 2017, deixei a presidência da empresa.
Quando você começou a perceber a importância das entidades de classe no setor e como se aproximou das atividades representativas?
Após assumir a responsabilidade para coordenar essa expansão, comecei a frequentar as reuniões no Sindicato de Curitiba com o propósito de me informar, de estar por dentro dos assuntos inerentes ao transporte e de defender o interesse do transportador. Quando vim para São Paulo, passei a vir aqui no SETCESP e a me integrar às questões que permeavam o transporte e a logística por aqui. Durante a gestão do ex-presidente Urubatan Helou, em 2004, ele me convidou para fazer parte do Conselho Consultivo, e de lá para cá não parei mais. Fui vice-presidente do sindicato entre 2007 e 2012, durante a Gestão do Francisco Pelucio, e também diretor da Comissão Permanente de Negociações e Relações Trabalhistas (COPERNET), além de vice-presidente extraordinário de governança do SETCESP durante toda a gestão do ex-presidente Tayguara Helou.
Sobre sua nova função como presidente do Conselho Superior e de Administração do SETCESP, o que te motivou a ser presidente do sindicato e qual a importância de assumir uma entidade tão importante para o TRC brasileiro?
Foi uma condução natural. Há tempos venho participando bastante e quero contribuir ainda mais com a minha vivência e experiência no transporte. A intenção é passar um pouco de tudo que eu aprendi aqui para o SETCESP. Esse sindicato é uma entidade de referência, que há anos auxilia os empresários a crescer, a ter mais conhecimento e a se capacitar para gerir melhor os seus negócios. Oferecendo um bom suporte as empresas, nós melhoramos o setor e o setor contribui para a melhora da cadeia produtiva do país e de toda a economia.
Quais são suas principais metas para o SETCESP durante o seu mandato e o que os transportadores podem esperar da entidade enquanto o senhor for o presidente?
Pretendo disponibilizar mais serviços e aperfeiçoar os já existentes, agregando mais benefícios e trazendo mais facilidades para os transportadores. Mais do que representatividade, aqui também é um local de prestação de serviço, onde se oferece ao associado certificação digital, registro na ANTT, clube de compras, treinamentos, apoio operacional, recurso de multas e outros benefícios que trazem vantagem financeira e que agregam muito no dia a dia dos empresários, como a consultoria jurídica e o planejamento de custo e tarifas. O SETCESP tem se voltado a ajudar cada vez mais o pequeno e o médio transportador a ficar focado na sua atividade, que é transportar. É assim que muitos passam de caminhoneiros para pequenos empresários e de pequenos empresários locais para sócios de companhias nacionais e até multinacionais. O SETCESP está aqui justamente para ajudá-lo nessa jornada.
Na sua visão, quais os principais desafios do setor de transporte rodoviário como um todo e como as entidades de classe podem auxiliar os empresários a superar esses desafios?
Ninguém faz nada sozinho, e é preciso se unir para podermos fazer algo, e algo maior. Assim, as entidades de classe é que podem nos representar para buscarmos uma melhor estruturação das nossas operações a fim de que o transporte tenha uma atuação mais organizada e produtiva e seja mais rentável.
Por fim, gostaríamos que o senhor deixasse uma mensagem aos transportadores, associados da NTC&Logística e que estão nos acompanhando pelo anuário da entidade.
O transporte é o caminho para viabilizar o desenvolvimento do nosso país. Acreditem no Brasil. Tragam suas demandas para as entidades representativas. Sejam participativos, apresentem seu ponto de vista e acompanhem o que está sendo feito. Com certeza vocês serão bem recompensados. Vislumbramos 2022 como um ano de escolhas, então que façamos boas escolhas. Somos um país feito de pessoas batalhadoras e generosas, que merecem muitas coisas boas. Para o que for preciso, contem comigo.
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